Livros por Categoria
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Tirar a Vida
R$99,90Tirar a vida conta a história multifacetada do suicídio na modernidade e traça sua revalorização nos mais diversos campos culturais: na política (suicídio como protesto e atentado), na lei (descriminalização do suicídio), na medicina (suicídio assistido) e também como na filosofia, na arte e na mídia. Thomas Macho retorna às raízes culturais do suicídio, lê diários, assiste a filmes, examina obras de arte, estuda histórias de casos reais e mostra em particular quais efeitos de ressonância surgem entre os diferentes motivos de suicídio. -
Melancolia de esquerda: Marxismo, história e memória
R$99,90A melancolia da esquerda sempre existiu. Não é nostalgia pelo socialismo real, mas uma «tradição escondida» que não pertence à narrativa canônica do socialismo e do comunismo, com sua fé no progresso e o orgulho de saber combater lutas justas e vitoriosas. A melancolia de esquerda encarna o espírito da dúvida, longe dos mitos e da propaganda. Sabe que os totalitarismos podem retornar, que a história é imprevisível, que as lutas do presente devem manter os olhos abertos sobre as derrotas passadas, porque cada tragédia guarda uma promessa de redenção e o olhar dos vencidos é mais penetrante do que o dos vencedores. As ruínas das batalhas perdidas são o coração de onde nascem novas ideias e novos projetos. Com o colapso do Muro de Berlim, não chegou ao fim apenas o socialismo real: exauriu-se também o tempo das utopias com as quais queríamos mudar o mundo, forçando-nos a colocar em questão as ideias com as quais havíamos tentado interpretá-lo. Enzo Traverso percorre os vestígios de uma cultura de esquerda, que, ao ser capaz de fazer as contas com a derrota, pode talvez se repensar. Estas páginas interpelam as grandes figuras que marcaram a história dessa tradição subterrânea: de Marx a Benjamin, até Daniel Bensaïd, passando pela pintura de Gustave Courbet e os filmes de Chris Marker e Theo Angelopoulos, demonstrando com vigor e de maneira contra-intuitiva toda a carga subversiva e libertadora do luto revolucionário. Um livro que explica o que é a cultura de esquerda, revelando suas complexidades e intrigas. -
Abelhas
R$99,90Queremos convidá-lo a um reinado mágico das abelhas. Observe de perto a sua anatomia, espreite para dentro da sua casa, conheça os seus costumes. Veja como dançam e entenda por que e quando o fazem. Verifique de onde sabemos que elas apareceram no mundo antes dos dinossauros e por que estavam no manto usado por Napoleão. Acompanhe um apicultor em suas tarefas, faça um passeio num caminhão que leva as colmeias a um pomar de amendoeiras e saboreie diferentes tipos de mel. Só tenha cuidado com uma coisa: não deixe ser picado por elas! -
Estudos Multidisciplinares sobre o Direito dos Desastres
R$100,00O livro entrega a possibilidade concreta de debate sobre temas com enorme relevância para promover capacitação e esclarecimento técnico-teórico em diversas áreas de conhecimento, e não apenas no campo jurídico. O pensamento multidisciplinar, como pressuposto de se pensar políticas públicas e tomada de decisões mais sinérgicas e eficientes, é uma premência do nosso tempo, muito especialmente no que se refere a todo o universo das exposições socioambientais e, ainda mais preciso, na abordagem que deve ser feita acerca dos desastres. Esse é o propósito que guiou os autores ao trazerem este livro ao público interessado, e a certeza de estarem dando suas contribuições. -
Na sala de análise
R$101,00emoções, relatos, transformações Este texto desenvolve o conceito de “campo analítico”, que tem suas origens no pensamento de Bion e dos Baranger, propondo sobre ele uma interpretação original. Assim, revisita algumas das temáticas de base da psicanálise, como os critérios de analisabilidade e fim da análise, as transformações que ocorrem durante as sessões, os impasses e as reações terapêuticas negativas, a sexualidade e o setting. São, então, expostos alguns dos temas específicos do autor: a exploração dos muitos modos pelos quais podem ser entendidos os personagens que emergem durante a sessão, os sinalizadores contínuos que o paciente fornece das turbulências emotivas do campo, entre outros. Esse percurso é realizado por meio de uma narração clínica escolhida como o modo mais eficaz para transmitir uma complexa teoria da “mente em relação”, que, a partir da dimensão protomental, leva ao desenvolvimento e à expansão do pensável pelos dois membros da dupla analítica. -
Seminário de Psicanálise de Crianças
R$104,90Seminário de psicanálise de crianças Neste livro, psicoterapeutas fazem a Françoise Dolto perguntas relativas a casos específicos que lhes causam dificuldade. A partir do simples relato clínico, ela intervém estabelecendo analogias com casos semelhantes, apontando as resistências do próprio terapeuta e dando indicações sobre o caminho a seguir. Na segunda parte (livro II), Françoise Dolto centra-se na ética da psicanálise infantil, ou seja, no respeito à criança como sujeito capaz de assumir seu sofrimento e seu desejo. A maioria dos casos reunidos na terceira parte (livro III) é absolutamente extraordinária; e, isso, não em razão do caráter espetacular do sintoma, mas em razão do inaudito que Françoise Dolto ouviu, e de seu espanto diante dos efeitos que sua escuta liberta. -
O idiota
R$108,00Nova edição, revista pelo tradutor, de O idiota, um dos grandes romances de Dostoiévski, trazendo a série completa de ilustrações de Oswaldo Goeldi. Publicado originalmente em 1868, este é um desses livros em que o leitor reconhece de imediato a marca do gênio. Nele, o autor russo constrói um dos personagens mais impressionantes de toda a literatura mundial — o humanista e epilético príncipe Míchkin, mescla de Cristo e Dom Quixote, cuja compaixão sem limites vai se chocar com o desregramento mundano de Rogójin e a beleza enlouquecedora de Nastácia Filíppovna. Entre os três se agita uma galeria de personagens de extrema complexidade, impulsionados pelos sentimentos mais contraditórios — do amor desinteressado à canalhice despudorada —, conferindo a cada cena uma intensidade alucinante que nunca se dissipa nem perde o foco. A tradução de Paulo Bezerra, a primeira realizada diretamente do russo em nosso país, traz para o leitor brasileiro toda a força da narrativa original. -
Os demônios
R$108,00Impressionado com o assassinato de um estudante por um grupo niilista, Dostoiévski concebeu este livro como um protesto contra os que queriam transplantar a realidade política e cultural da Europa ocidental para a Rússia. Apesar da intenção inicialmente panfletária, Os demônios é um romance magistral, à altura de Crime e castigo ou Os irmãos Karamázov. -
Ás Voltas com o Direito e a Filosofia - Estudos em homenagem a Ernildo Stein
R$109,00A presente homenagem surge da união daquela que poderíamos chamar de a segunda geração de ex-alunos e autores diretamente influenciados pelo pensamento de Ernildo Stein. Laços de amizade e de lídima admiração acadêmica fazem desta obra um local de encontro para homenagear alguém que elevou a outro patamar a Filosofia escrita em língua portuguesa. O que todos os autores têm em comum, para além do amplo conhecimento da obra do Filósofo, é o compromisso com o trabalho intelectual na precisa intersecção teórica entre o direito e a Filosofia. -
Aulas sobre Shakespeare
R$109,90Entre outubro de 1946 e maio de 1947, com frequência semanal, Auden dá uma série de aulas na New School for Social Research de New York, dedicadas ao teatro e aos Sonetos de Shakespeare. Mas engana-se quem imagina terem sido seminários sisudos e exclusivos para doutorandos em literatura inglesa: Auden voltava-se para um público diversificado, agitado e entusiasmado de não menos do que quinhentas pessoas ― tanto que era comumente obrigado a «berrar a plenos pulmões» e pedia àqueles que não conseguiam ouvi-lo para não levantarem a mão «porque eu também sou míope». Armado apenas da edição Kittredge das obras de Shakespeare, da vastidão prodigiosa da sua cultura e do seu incomparável humor ― mas principalmente da convicção de que a crítica é uma conversa improvisada ―, Auden falava o que lhe vinha à cabeça, encantando a todos. Mas também perturbando-os com a sua destemida falta de escrúpulos típica do outsider: em vez de enfrentar as Alegres matronas de Windsor, ele fez ouvir Falstaff, afirmando que a peça não tinha outro mérito que não o de ter servido de inspiração a Verdi. E chegando à Megera domada advertiu que não se deteria muito ali porque era um fracasso total ― partindo da crítica ferina para um excursus sobre a farsa, que ia do Grande ditador de Chaplin a irresistíveis considerações sobre a guerra entre os sexos. Mas é talvez na aula dedicada a Antônio e Cleópatra, a obra preferida, que conseguimos apreender as razões da apaixonada adesão do público, pois, mesmo no papel de crítico, Auden permanece essencialmente um poeta, capaz de falar a todos ― com a mesma milagrosa leveza que atribuía a Shakespeare.