Considerado uma das obras-mestras da Sociologia, este clássico estudo de Durkheim apresenta o suicídio como um fenômeno cujas origens encontram-se fundamentadas na própria sociedade.
Sem todavia abandonar a influência exercida pelo fator psicológico, o autor propõe uma ruptura com relação ao entendimento de ser este o princípio primordialmente desencadeador e gerador de influência na produção do ato, e demonstra ser possível estudá-lo e compreendê-lo de maneira mais ampla a partir da compreensão da sociedade em si, de sua estruturação e de todas as determinações previamente impostas ao indivíduo por essa instituição.
Dentre os fatores preponderantes para o suicídio, Durkheim analisa detidamente estado civil, opção religiosa e integração social, e o caracteriza em três tipos essenciais: egoísta, altruísta e anômico.
Nesta obra, o autor defende veementemente o caráter sociológico inerente ao suicídio, interpretando-o como uma tendência já presente na sociedade, à qual o indivíduo, se distante do seu ponto central de equilíbrio, acaba por sucumbir, trazendo-a à manifestação.