Literatura
-
Pensamento feminista
R$82,00Se hoje ideias como lugar de fala, teoria queer e decolonialismo ganham espaço nas reivindicações feministas contemporâneas, elas tiveram sua origem em pesquisas e teorias desenvolvidas ao longo das últimas décadas por estudiosas e ativistas como Teresa de Lauretis, Donna Haraway, Maria Lugones, Nancy Fraser, Sandra Harding, Judith Butler, Gloria Andalzúa, além de brasileiras como Lélia Gonzales e Sueli Carneiro. É nesse eco de construções e indagações, dos anos 1980 até os dias de hoje, que acompanhamos a consolidação de um importante campo de saber. A missão deste livro é, portanto, a de facilitar o estudo das tendências teóricas e o avanço dos trabalhos acadêmicos e políticos em torno da questão de gênero, tema tão amplo quanto polêmico e fundamental no contexto atual. Organizado por Heloisa Buarque de Hollanda, ela mesma referência no campo dos estudos feministas no Brasil, tendo sido responsável pela edição no país de obras importantes como Tendências e Impasses, o feminismo como crítica da cultura (1994), em que apresentava alguns desses textos e autoras de forma pioneira, a presente coletânea reúne dezenove ensaios, tendo seu ponto de partida nos anos 1980, momento em que a própria ideia de gênero se consolida em suas abordagens mais relacionais e culturais, de que são exemplo trabalhos como os de Joan Scott, Nancy Fraser, Sandra Harding e Monique Wittig. Em um segundo momento, ainda na década de 1980, as reinvindicações específicas ganham espaço e a interseccionalidade, atualmente tão presente nas pautas feministas, se destaca nas vozes contestatórias de Audre Lorde, Patricia Collins, Gayatri Spivak, Lélia Gonzales e Sueli Carneiro. Já no século XXI, em uma frente mais radical, se enunciam os conceitos contemporâneos de contrassexualidade, queer, sexopolítica, em que Judith Butler e Paul Beatriz Preciado se destacam como tendência revolucionária, atravessando os campos da teoria e da política. Como a organizadora explica em seu texto introdutório, se essa seleção teve como mote a vontade de compartilhar uma experiência intelectual pessoal, pensando no tempo presente e nas novas gerações que se formam e se articulam, ela revela também, na própria escolha e articulação dos artigos, a necessidade de fazer um alerta: "que o feminismo do século XXI coloque na agenda a urgência do questionamento das tão perigosas quanto dissimuladas tecnologias de produção das sexualidades e a responsabilidade de recusar qualquer hierarquia ou prioridade na luta contra a opressão de todas as mulheres, em suas mais diversas características de gênero, raça, etnia ou religião." -
Mafalda Inédita
R$82,50A trajetória de Mafalda abrange o período compreendido entre os anos 1964 e 1973, em três publicações: "Primeira Plana", "El Mundo" e "Siete Días Ilustrados". As tiras que integram esta Mafalda inédita foram, em muitos casos, deliberadamente omitidas dos livros anteriores. A decisão de leva-las a público através de uma nova edição significa não apenas uma homenagem à verdade histórica de Mafalda - prestes a completar 49 anos - como também um apelo à reflexão sobre quase uma década da história local e mundial. O volume inclui as 48 tiras publicadas na revista "Primeira Plana", que nunca foram recopiladas, Além disso, contém as origens da tira, que, como veremos, não nasceu tanto de um afã de contestar o mundo, mas, antes, da necessidade mais prosaica de promover um determinado produto. -
-
Árvores Nativas Brasileiras
R$84,90Este livro, inspirado no programa de TV "Um Pé de Quê?", apresentado por Regina Casé e dirigido por Estevão Ciavatta, é a reunião dos 7 exemplares já publicados, cada um dedicado a uma árvore representante de um dos biomas brasileiros. São abordados seus aspectos morfológicos, seu hábitat e sua participação na história humana e econômica do Brasil. -
Terra negra
R$84,90Neste épico de extermínio e sobrevivência, Timothy Snyder apresenta uma nova explicação sobre o Holocausto e revela os riscos que corremos no século XXI. Com base em novas fontes e testemunhos, Terra negra descreve o extermínio de judeus como um evento mais compreensível do que gostaríamos de admitir, e por isso mais aterrorizante. O início do século XXI se parece com o início do século XX na medida em que preocupações crescentes com alimentos e água acompanham desafios ideológicos à ordem global. Nosso mundo se aproxima do de Hitler, e preservá-lo pede que encaremos o Holocausto como ele foi. Inovador e envolvente, Terra negra revela um Holocausto que não é apenas história, mas também advertência. -
-
O Sorriso Etrusco
R$86,90Um velho camponês da Calábria chega à casa de seus filhos em Milão para submeter-se a uma nova revisão médica. Ali descobre seu último amor, uma criatura a quem dedicar toda a sua ternura; o neto, que se chama Bruno, como ele mesmo era chamado por seus camaradas partisanos. Ali ele vai viver também sua última paixão: o amor de uma mulher, um amor que cobre com sua luz os últimos momentos de uma vida que, em seu final, ainda pode sentir toda sua plenitude. Esta história se torna, pelas mãos de José Luis Sampedro, um dos textos mais bonitos que a literatura moderna nos tinha proporcionado sobre o eterno tema do amor. Com a verdade que oferece um conhecimento profundo e verdadeiro da alma humana, O sorriso etrusco é, como todos os romances de Sampedro, um livro inesquecível. As quarenta edições que a obra teve na Espanha em pouco mais de dez anos atestaram o entusiasmo dos leitores por um autor que sabe, com ternura e sutileza, tocar os sentimentos mais nobres e humanos. -
Crítica da Colonialidade em oito ensaios
R$88,00Os textos reunidos neste livro resultam da interseção de duas posições teórico-políticas defendidas pela antropóloga argentina Rita Segato: a perspectiva crítica da colonialidade do poder e uma prática disciplinar que a autora denomina antropologia por demanda, pressupondo uma inversão do próprio trabalho etnográfico, que passa a se colocar a serviço das “demandas” de comunidades e povos, seus objetos de estudo. A partir dessa nova perspectiva, Rita Segato – uma das intelectuais e feministas mais influentes da contemporaneidade – constrói um sólido repertório conceitual abordando questões urgentes de nosso tempo, como as hierarquias de gênero e de raça agravadas pelo processo da colonial-modernidade, a universalidade dos direitos humanos, a violência contra as mulheres. Costurando todos estes ensaios está um projeto histórico alternativo, de valores próprios e intencionalmente disfuncional ao capitalismo. Rita Segato nos oferece um pensamento original e engajado, forjado em décadas de pesquisas, ativismo e do magistério, tendo o Brasil como principal campo de atuação e análise. A leitura da obra nos convoca, portanto, a um necessário – e muitas vezes incômodo – processo de autorreflexão. -
-
Cinco Vezes Vivo - Um Sobrevivente do Holocausto à procura do seu passado
R$89,00Louis Frankenberg, um dos poucos sobreviventes do Holocausto vivos no Brasil, resolveu agora contar sua história. Louis tinha apenas 3 anos quando a Holanda, onde nasceu, foi invadida pela Alemanha nazista, em maio de 1940. Dois anos depois, com a “solução final” de Hitler para exterminar os judeus já em marcha, seus pais se separaram dele e de sua irmã e os esconderam em um internato para crianças em Hilversum, no interior do país. Não adiantou. Denunciado e capturado em 1944, Louis passou pelos campos de concentração de Westerbork, na Holanda, e Theresienstadt, na atual República Tcheca, de onde saiu graças a uma oportunidade milagrosa, em um trem que levou 1200 judeus para a liberdade na Suíça. Finda a guerra, Louis enfrentou uma penosa saga por famílias de adoção, orfanatos e outras instituições, até ser finalmente entregue aos cuidados de parentes que tinham conseguido fugir para o Brasil antes do Holocausto. Em 1947, com apenas 10 anos, desembarcou em Porto Alegre com sua irmã – que conseguira se manter escondida durante a guerra – para iniciar uma nova vida. Só muitas décadas depois é que Louis começou a remexer no seu passado, do qual pouco se lembrava. Por 30 anos, vasculhou arquivos, reviu fotografias, leu livros e entrevistou pessoas, num formidável trabalho de historiador. E aos poucos, peça a peça, foi reconstruindo a memória da sua vida e a da sua família, tragicamente assassinada nas câmaras de gás. O resultado é este livro – escrito com a colaboração do jornalista Ricardo Garcia. Numa narrativa emocionante e documentada, Louis conta como escapou da morte cinco vezes e fala do longo percurso que trilhou para reconstituir sua história – desde as origens da sua família até o recomeço da vida no Brasil. Não é um livro apenas sobre os horrores do Holocausto. É também uma história pessoal de superação – de como Louis conseguiu ultrapassar os traumas da guerra para se reconciliar com um passado do qual sempre evitara se aproximar. Numa época de incertezas, Cinco Vezes Vivo oferece o testemunho de quem passou por um dos períodos mais sombrios da história mundial mas acabou por encontrar a felicidade ao recompor sua família.