Naipaul mais de uma vez retomou com a memória ao tempo em que, ainda criança em Trinidad, ele sonhava em se tornar um grande escritor. Mas jamais nos havia contado com a vibrante força destas páginas como se aproximou à escrita e, antes ainda, à leitura; como conseguiu criar, em uma colônia na periferia do Império Britânico, um mundo só seu, alheio à literatura na qual se formou. Nem jamais havia confessado em que medida a relação com a Índia – «a grande ferida» de todos os emigrantes indianos nas ilhas do Novo Mundo – agiu em profundidade na sua vida, suscitando um jogo dramático de atrações e resistências. Aos poucos, Naipaul entendeu que a tarefa da sua obra literária era a tenaz exploração daquelas «áreas de escuridão» que marcaram sua infância e juventude. E, enquanto isso ocorria, mudava e se definia cada vez mais claramente nele o significado das obscuras potências que respondem pelo nome de ler e escrever. Esse emaranhado de questões encontrou voz em 2000, no ensaio que dá o título ao volume e, no ano seguinte, como uma espécie de conclusão natural, em seu discurso em ocasião do Prêmio Nobel.
Descrição
Informações adicionais
Autor | V. S. Naipaul |
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Tradutor | Rogério Galindo |
Ano de Edição | 2022 |
Editora | Âyiné |
ISBN | 9786559980062 |
Ano | 2022 |
Edição | 1ª |
Origem | Não |
Formato | livro |
Encadernação | simples |
Idioma | português |
País | Não |
Páginas | 82 |
Altura | 0,300 |
Comprimento | 20 |
Largura | 10 |
Peso | 0,1000 |
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