Dotado de uma voz personalíssima e urdindo argumentos inesperados, Czekster engendra, neste livro, um caleidoscópio de estórias que transformam e refratam umas às outras, à medida que a leitura avança. Os contos desse livro podem ser lidos como uma série de pesadelos interligados, sob a toada de alguns temas recorrentes. Uma das facetas desse pesadelo múltiplo é o antigo vanitas vanitatum do Eclesiastes: a efemeridade das coisas humanas; outra face, menos explícita, talvez seja a autorreflexão perturbadora da própria literatura ‒ ou, num sentido mais amplo, o poder ao mesmo tempo criativo e caótico da imaginação, com suas constantes tentações de esperança e desespero.
Se, às vezes, Czekster parece flertar com certo realismo urbano, à Rubem Fonseca, os meandros de seu texto logo reafirmam sua filiação à literatura fantástica, na imortal tradição de Poe e Maupassant. Os personagens de Czekster movem-se em um mundo sempre à beira da dissolução, da implosão ou do oblívio; é como se cada instante de suas existências fosse ameaçado por uma confluência de forças soturnas e absurdas.
Descrição
Informações adicionais
Autor | Czekster, Gustavo Melo |
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Tradutor | Não |
Ano de Edição | Não |
Editora | Zouk |
ISBN | 9788580490466 |
Ano | Não |
Edição | 1 |
Origem | Não |
Formato | Não |
Encadernação | Livro brochura (paperback) |
Idioma | Não |
País | BR |
Páginas | 160 |
Altura | 23 |
Comprimento | 16 |
Largura | 1 |
Peso | 0.265 |
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