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Pampa Soturno

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Esta história não é minha. Ela me foi contada pelo pai de um amigo, quando eu tinha algo em torno dos doze anos, que a ouviu de sua mãe, a protagonista. A vó do meu amigo era uma criança quando ocorreu o fato e morava para fora, nesse momento se faz necessário uma explicação, se você leitor não é da fronteira oeste do Rio Grande do Sul talvez não entenda o que significa morar pra fora, mas é simples. Ela morava na área rural, no campo, em uma chácara, fazenda, sitio, morava fora do perímetro urbano. Pois então, ela era uma criança, morava pra fora, e o ano era algo em torno de 1910, acredito eu.

Existe uma árvore seca, na beira da rodovia entre Santiago e Manoel Viana, alguns quilômetros depois da Porteira do Toroquá. Lá, no entardecer, quando o sol cega os motoristas, a figura de uma mulher pode ser vista, por alguns segundos, dependurada pelo pescoço, no galho mais forte. As pernas balançando, levemente, já sem vida.
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Na fronteira entre o Brasil e a Argentina, não muito longe da barranca do Rio Uruguai, em São Borja, nas noites mais silenciosas, ouvidos atentos podem escutar o retumbar da batalha, quando Brasileiros e Paraguaios travaram um sangrento duelo. Não raros são os relatos daqueles que viram os clarões dos canhões, e ouviram o relinchar dos cavalos e o barulho dos seus cascos contra o chão. Mas pior é o que vem depois do cessar dos tiros. O pior é o lamento dos moribundos abandonados no campo, os gritos de dor e medo.
Descrição
Esta história não é minha. Ela me foi contada pelo pai de um amigo, quando eu tinha algo em torno dos doze anos, que a ouviu de sua mãe, a protagonista. A vó do meu amigo era uma criança quando ocorreu o fato e morava para fora, nesse momento se faz necessário uma explicação, se você leitor não é da fronteira oeste do Rio Grande do Sul talvez não entenda o que significa morar pra fora, mas é simples. Ela morava na área rural, no campo, em uma chácara, fazenda, sitio, morava fora do perímetro urbano. Pois então, ela era uma criança, morava pra fora, e o ano era algo em torno de 1910, acredito eu. Existe uma árvore seca, na beira da rodovia entre Santiago e Manoel Viana, alguns quilômetros depois da Porteira do Toroquá. Lá, no entardecer, quando o sol cega os motoristas, a figura de uma mulher pode ser vista, por alguns segundos, dependurada pelo pescoço, no galho mais forte. As pernas balançando, levemente, já sem vida. ... Na fronteira entre o Brasil e a Argentina, não muito longe da barranca do Rio Uruguai, em São Borja, nas noites mais silenciosas, ouvidos atentos podem escutar o retumbar da batalha, quando Brasileiros e Paraguaios travaram um sangrento duelo. Não raros são os relatos daqueles que viram os clarões dos canhões, e ouviram o relinchar dos cavalos e o barulho dos seus cascos contra o chão. Mas pior é o que vem depois do cessar dos tiros. O pior é o lamento dos moribundos abandonados no campo, os gritos de dor e medo.
Informações adicionais
Autor Antônio Cândido Silva da Silva
Tradutor Não
Ano de Edição 2021
Editora Bestiário
ISBN 9786588865569
Ano 2021
Edição
Origem Brasil
Formato Livro
Encadernação simples
Idioma Português
País Brasil
Páginas 256
Altura 1
Comprimento 21
Largura 14
Peso 0,3540
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Produto: Pampa Soturno

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