Entre 1940 e 1941 no gulag de Grjazovec, quatrocentos quilômetros ao norte de Moscou, um grupo de oficiais poloneses detidos encontra uma maneira decididamente incomum e extremamente eficaz de resistir à aniquilação moral e intelectual. De maneira alternada entretinham os companheiros de cativeiro – amontoados em uma sala, exaustos depois de horas passadas trabalhando ao ar livre, na feroz geada do inverno russo – discorrendo sobre tópicos com os quais eram particularmente familiares. O resultado é uma série de lições reais, quase clandestinas, sobre os temas mais dispares: da história do livro à da Inglaterra, do alpinismo à arquitetura. Józef Czapski, pintor e escritor, conversa de pintura francesa e pintura polonesa, bem como de literatura francesa. E, acima de tudo, recorda e comenta – citando de cabeça, sem consultar qualquer fonte material, e ainda com uma precisão surpreendente – páginas inteiras de "Em busca do tempo perdido de Proust", uma obra que a União Soviética havia colocado no índex como uma expressão paradigmática da literatura burguesa decadente. E o resultado – que agora temos acesso graças à transcrição em francês que o próprio Czapski fez “no calor do momento" – não é apenas uma demonstração do poder da memória e o testemunho de um modelo muito singular de resistência, mas também uma leitura de Proust de suprema fineza.
Descrição
Informações adicionais
Autor | Joseph Czapski |
---|---|
Tradutor | Não |
Ano de Edição | 2022 |
Editora | Âyiné |
ISBN | 9786559980048 |
Ano | 2022 |
Edição | 1ª |
Origem | Não |
Formato | livro |
Encadernação | simples |
Idioma | português |
País | Não |
Páginas | 90 |
Altura | 0,5 |
Comprimento | 18 |
Largura | 12 |
Peso | 0.2000 |
Comentários