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Só Nós - Uma Conversa Americana

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O título deste livro traz um trocadilho intraduzível para o português. "Just us", a formulação original, ecoa a palavra "justice". A origem desse jogo sonoro é uma frase do comediante Richard Pryor, aliás usada na epígrafe: "Você vai até lá procurando por justiça, e o que você encontra, só nós". Em outros termos: para um negro, ir a um tribunal em busca de justiça é se deparar apenas com negros na condição de réus.
Esse abismo entre a noção universal de justiça, "justice", e a ideia segregacionista por trás de "just us" é o cerne do argumento de Claudia Rankine. Aqui, porém, o racismo não é visto a partir do embate com suas formas mais violentas, como o caso do assassinato de George Floyd pela polícia americana. Estão em jogo suas expressões sutis, escondidas sob a polidez de brancos ilustrados e progressistas.
A autora examina situações típicas de seu círculo social, formado por intelectuais e artistas. O livro nasceu desta curiosidade: e se ela perguntasse ao acaso a pessoas brancas como elas encaram o próprio privilégio? No aeroporto, no teatro, num jantar entre amigos ou na sessão de análise, ela flagra situações — gestos, diálogos, atos falhos — em que a neutralidade e os bons modos deixam ver crenças e preconceitos típicos da supremacia branca.
Num arranjo brilhante de ensaios, poemas e imagens, o livro é enfático ao mostrar que o "privilégio branco" não se resume a uma questão econômica. Ser branco é poder ir e vir. É, acima de tudo, poder viver.
Descrição
O título deste livro traz um trocadilho intraduzível para o português. "Just us", a formulação original, ecoa a palavra "justice". A origem desse jogo sonoro é uma frase do comediante Richard Pryor, aliás usada na epígrafe: "Você vai até lá procurando por justiça, e o que você encontra, só nós". Em outros termos: para um negro, ir a um tribunal em busca de justiça é se deparar apenas com negros na condição de réus. Esse abismo entre a noção universal de justiça, "justice", e a ideia segregacionista por trás de "just us" é o cerne do argumento de Claudia Rankine. Aqui, porém, o racismo não é visto a partir do embate com suas formas mais violentas, como o caso do assassinato de George Floyd pela polícia americana. Estão em jogo suas expressões sutis, escondidas sob a polidez de brancos ilustrados e progressistas. A autora examina situações típicas de seu círculo social, formado por intelectuais e artistas. O livro nasceu desta curiosidade: e se ela perguntasse ao acaso a pessoas brancas como elas encaram o próprio privilégio? No aeroporto, no teatro, num jantar entre amigos ou na sessão de análise, ela flagra situações — gestos, diálogos, atos falhos — em que a neutralidade e os bons modos deixam ver crenças e preconceitos típicos da supremacia branca. Num arranjo brilhante de ensaios, poemas e imagens, o livro é enfático ao mostrar que o "privilégio branco" não se resume a uma questão econômica. Ser branco é poder ir e vir. É, acima de tudo, poder viver.
Informações adicionais
Autor Rankine, Claudia
Tradutor Borges, Stephanie
Ano de Edição 2021
Editora Todavia Livros
ISBN 9786556921495
Ano 2021
Edição 1
Origem Brasil
Formato 23 x 15.7 x 2 cm
Encadernação Brochura
Idioma Português
País Brasil
Páginas 352
Altura 23
Comprimento 15.7
Largura 2
Peso 0.57
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