Um milésimo de segundo depois, o tiro de largada já parece distante. O corpo do cavalo e do cavaleiro são um só, disparados na cancha reta na maior velocidade possível. Essa é uma corrida que, mais do que almejar a vitória ou alcançar o futuro, representa o desejo de fugir do passado e de suas marcas, ou de encarar de peito aberto sem temer as consequências.
No Rio Grande do Sul fronteiriço, as palavras viram chicotes em riste, e os silêncios tornam-se violentos como soco ou facada. Os contos de Ninguém esquece um rosto desses acontecem numa terra longe das metrópoles, e foram extraídos feito raízes profundas, que trazem histórias de apelo regional e conduzem a sentimentos de uma universalidade absoluta.
Do amanhecer ao anoitecer, da luz que cega à noite escura e imprevisível. Os personagens trocam olhares afiados feito lâminas prontas para cortar fundo e deixar à mostra a habilidade narrativa de Rodrigo Figueira. Um escritor que, já no seu livro de estreia, mostra estilo e voz singulares, e utiliza o conflito e a condição humana como uma de suas principais matérias-primas.
Este é um livro para vivenciar os dilemas e a inevitabilidade da alma gaudéria. E para celebrar os clássicos contos gauchescos que ainda hoje embalam a nossa imaginação a perder de vista no horizonte do campo.
Lu Thomé
Escritora e editora
Descrição
Informações adicionais
Autor | Rodrigo Alfonso Figueira |
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Tradutor | Não |
Ano de Edição | 2024 |
Editora | Gog |
ISBN | 9786599583360 |
Ano | 2024 |
Edição | 1ª |
Origem | Brasil |
Formato | Livro |
Encadernação | simples |
Idioma | Português |
País | Brasil |
Páginas | 100 |
Altura | 1 |
Comprimento | 21 |
Largura | 14 |
Peso | 0,300 |
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