Literatura
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1935 - Rafael Guimaraens
R$45,00Neste romance, estilo noir, Rafael Guimaraens propõe um mergulho no submundo de uma cidade que se moderniza e aprofunda seus abismos sociais. Porto Alegre prepara-se para a grande Exposição do Centenário Farroupilha, o encontro entre a reconstrução de um passado controverso e a projeção de um futuro ambicioso, e todos estão inquietos. Dyonélio Machado sonha com a revolução. Apparício Cora de Almeida investiga quem matou Waldemar Ripoll. A chanteuse Juliette Foillet só quer recomeçar sua vida. Envolvido até o pescoço, o repórter Paulo Koetz terá a oportunidade de se transformar de coadjuvante em protagonista de sua própria vida, em um redemoinho de mistério e paixão, transitam policiais, meretrizes, boêmios, vedetes, cafetinas e gangsters. O jovem jornalista percorre becos escuros, vielas suspeitas, espeluncas e rendez-vous em busca de boas histórias. 1935 é uma narrativa envolvente. Destaca fatos da história brasileira, dentre situações de tirar o fôlego. Um trecho: “Em dez minutos, o auto de praça estaciona na Avenida João Pessoa, defronte ao antigo Anfitheatro Alhambra – que agora se chama Studio de Boxe Farroupilha, e logo será demolido para ali construírem o lago artificial da Exposição Farroupilha. Atravesso a rua e vou tomando pé do que aconteceu por ali. Há um drama de sangue instalado. Um automóvel invadiu a calçada e estaqueou sobre o gramado, deixando marcas de pneus no areião. Dois veículos da Polícia e uma ambulância da Assistência Municipal estão estacionados junto ao meio-fio. Um grupo de curiosos é mantido à distância da cena pela força policial. Chego mais perto. Dois homens com uniformes da Companhia Carris são rendidos, um deles com ferimento no ombro. Um policial à paisana igualmente está ferido. Espio pela janela do Ford acidentado, placa 20-24. Há um cadáver estirado no banco traseiro, alguém muito jovem. Tem os braços e as pernas afastados, o paletó preto aberto, sem gravata e a camisa branca empapada de sangue. Outro corpo com o rosto ensanguentado está sendo examinado no canteiro diante do Studio de Boxe. Agachado sobre ele, o médico da Assistência faz um sinal negativo e pede que seus auxiliares o removam para a ambulância. Depois, se dirige para o defunto no interior do auto. Pergunto ao colega Eliseu Neumann, do Diário de Notícias: “O que houve por aqui?” “Só o que faltava. Além do meu trabalho, tenho que fazer o teu? Te vira!” (...)” -
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Tutti Brasiliani - Dos Alpes Italianos ao Brasil, Fragmentos de Memória de 300 anos dos Bortot
R$45,00Tutti brasiliani, escrito pelo jornalista Ivanir José Bortot, conta a história da família que emigrou do Vêneto para o Brasil ao final do século XIX. Assim como aconteceu om milhares de famílias que, com sacrifícios, destemor e teimosia, ajudaram a criar um modelo econômico de vida no Rio Grande do Sul e no Paraná. De uma Itália dividida para um Brasil em constantes conflitos, contribuíram com valores civilizatórios. Milhões desbravaram a mata virgem, cavaram rochas em montanhas onde nada existia a não ser a miséria, grilagem e violência, construíram o futuro. -
Agora já Posso Revelar
R$45,00O título do livro pode ser do tipo “pega ratão”, mas as revelações anunciadas dizem mais respeito ao autor, num tom confessional, do que aos amigos e inúmeros companheiros pelos quais Flávio Dutra cruzou até agora. Mas, ainda que sua vida pregressa pouco recomendável seja de conhecimento dele, não se assuste. Mesmo nos casos baseados em fatos reais, os nomes dos personagens foram trocados para garantir a privacidade das fontes. -
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Na Minha casa há um Leão
R$45,00A arquitetura distribui os aposentos de uma casa de acordo com a funcionalidade. Cozinha para fazer comida. Sala de estar com alguma janela por onde se entre luz, um corredor para poder circular e ter acesso fácil a quartos, banheiros, hall de entrada. Em Na minha casa há um leão, no entanto, a casa é um lugar poético, onde a planta baixa obedece a algum sentido de poesia: a conversa no espelho de cada manhã, o silêncio de cafés e avencas. Bibelôs de viagem, ráfias, chaleira que chia, a lua, os espelhos, os leões e as meninas habitam essa residência não necessariamente arrumada, mas na qual você sempre é bem-vindo se quiser ingressar. Da soleira da porta onde um eu lírico se agita à âncora-raiz dos fundos, quintais, o leitor é ciceroneado por criaturas fabuladas atravessando uma moradia onde há coisas espalhadas pelo chão, bichos pequenos e grandes, uma floresta encravada no CEP de uma cidade qualquer, num tempo qualquer. Uma casa como as casas antigas, perdidas, um imaginário de lugar. -
Setenta e Seis Passos - Záchia
R$45,00Setenta e Seis Passos Dias que Mudaram a Minha Vida Este livro é a compilação de Registros obtidos por meio de entrevistas com Luiz Fernando Záchia realizadas ao longo de um ano específicamente para esta finalidade. -
Labirinto com Linha de Pesca
R$45,00Livro de estreia do consagrado romancista e contista Altair Martins na poesia, reúne 51 poemas escritos ao longo das duas últimas duas décadas. -
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Pequena Biblioteca para Crianças
R$46,00Pequena biblioteca para crianças É de Fernando Pessoa a frase em tom de paradoxo: Nenhum livro para crianças deve ser escrito para crianças. Vale a pena repeti-la a propósito desta Pequena Biblioteca para Crianças em que Dirce Waltrick do Amarante convida pais, professores e uma legião de curiosos a ampliarem, na condição de leitores, os limites impostos ao repertório infantojuvenil pela homogeneização comercial e pedagógica. Os textos da autora distinguem-se pela qualidade dos comentários sobre sua pequena biblioteca, apoiados em referências precisas a escritores, críticos e teóricos de primeira linha, e, em particular, pela reflexão exercida sobre uma questão cada vez mais urgente: a necessidade de redefinir o que entendemos por criança e infância. O significado de infans o que não sabe falar parecer voltar como um boomerang irônico sobre os adultos de hoje. É preciso acrescentar ainda que a redefinição proposta neste livro encontra-se implícita em boa parte dos textos literários recomendados. Tal abertura apoia-se, por exemplo, na edição brasileira para o público infantojuvenil do humor erótico-libertário de Boccacio, dos mitos maias do Popol Vuh, na adaptação de Poe por Clarice Lispector, no fascínio dos Wilhelm (Hauff e Busch), no jogo lúdico-corrosivo de Kurt Schwitters, na versão do Finnegans Wake de Joyce (Finnício Riovém), este play-ground da cultura, conforme Harry Levin. Neste sentido, caminham as sugestões da autora para a inclusão de leituras como os mitos indígenas de Makunaíma e Jurupari, os contos de Péricles Prade e pela iniciação em Shakespeare muito bem guiada por Charles e Mary Lamb. Duda Machado